Corante vermelho usado em alimentos é proibido nos EUA
- Ricardo Pereira
- 19 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 29 de jan.
Recentemente, a Food and Dru

Corante vermelho usado em alimentos é proibido nos EUA. Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos proibiu o uso da eritrosina, também conhecida como corante vermelho número 3, em alimentos e medicamentos ingeridos. Essa decisão foi tomada após estudos indicarem que o corante pode causar câncer em ratos de laboratório.
A proibição atende à Cláusula Delaney, uma lei americana que exige a proibição de qualquer aditivo que cause câncer em pessoas ou animais.
A eritrosina é amplamente utilizada para dar uma cor vermelho-cereja brilhante a diversos produtos, como doces, bolos, biscoitos, sobremesas congeladas, glacês, coberturas e até medicamentos, como xaropes para tosse
No entanto, o corante já é proibido para uso em alimentos na Europa, Austrália e Nova Zelândia, exceto em certos tipos de cerejas
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite o uso da eritrosina em algumas categorias de alimentos e medicamentos. A Anvisa afirmou que estudos realizados em humanos e outros animais não demonstraram os mesmos efeitos cancerígenos observados em ratos
Em 2018, um comitê de especialistas em aditivos alimentares da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) concluiu que a exposição dietética à eritrosina não representava uma preocupação de saúde
Apesar disso, a Anvisa anunciou que irá revisar as referências científicas que fundamentaram a decisão da FDA para verificar se há justificativa para uma reavaliação do uso do corante no Brasil
A agência brasileira destacou que as autorizações de uso de aditivos em alimentos e medicamentos podem ser revistas a qualquer momento, caso surjam novas evidências que indiquem risco à saúde
Essa situação levanta importantes questões sobre a segurança alimentar e a necessidade de constante atualização das regulamentações com base em novas evidências científicas. A decisão da FDA foi bem recebida por defensores da segurança alimentar nos Estados Unidos, que consideram a medida um avanço significativo
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a segurança alimentar globalmente.
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